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Análise de Falhas de Bielas – Motores Diesel – 10 Modos

Análise de Falha de Biela

Análise de Falhas de Bielas de Motores Diesel

Os componentes de motores são solicitados em elevadas tensões cíclicas. As bielas que transferem a potência da câmara de compressão para o virabrequim (árvore de manivela) do motor estão entre os componentes mais solicitados no powertrain do veículo. Assim, a análise de falhas de bielas tem grande importância no desenvolvimento e fabricação de produtos mais confiáveis, como também, na análise da qualidade de equipamentos que já estão em campo.

Na análise de falhas em motores diesel considera-se, muitas vezes, somente a pressão de óleo de trabalho que está relacionada com o nível do óleo e o sistema de lubrificação. Assim, as análises das falhas da lubrificação de motores não se aprofundam nos detalhes do sistema de lubrificação e não chegam na causa raiz do problema.

Quando a lubrificação apresenta indícios não adequados é comum concluir-se precocemente que a falha do motor ocorreu por lubrificação inadequada e nível do óleo insuficiente. Porém, caso a falha apresente danos severos em bielas, como por exemplo seu engripamento, é necessário avaliar as características construtivas específicas das bielas detalhadas neste artigo.

O dimensionamento de uma biela para um motor à combustão considera a interação de todos os seus componentes em regime estático e dinâmico de esforços.

Assim, a biela apresenta modos de falha característicos decorrentes da sua construção e de seus componentes. 

Análise de Falha de Biela
Análise de Falhas de Bielas. 10 Modos de falhas relatados em artigos técnicos de Análise de Falhas de Bielas nos últimos anos. (Adaptado de Strozzi et al)

Componentes de uma Biela de Motor Diesel

A biela é composta basicamente por: capa da biela, parafusos de fechamento e bronzinas do olhal maior e menor. Como se trata de um componente montado, a observação das tolerâncias nos mancais são de elevada importância, como também, é o torque correto dos parafusos na montagem da capa que deve ser aplicado com precisão.

A análise de falhas de bielas pode ser orientada pelos modos de falhas mais comuns encontrados. A imagem esquemática da biela apresenta estes diversos modos de falhas relatados em diversos artigos técnicos que detalham a análise deste componente após a falha.

Qualidade dos Componentes da Biela

A qualidade dos componentes do conjunto da biela deve ser elevada e estes componentes devem ter todos esse mesmo nível de qualidade ótimo. Os parafusos da capa da biela devem apresentar uma qualidade fabril elevada, pois são um dos modos de falha frequentes na quebra deste componente. As falhas por fadiga destes parafusos podem ser causadas por problemas de fabricação relacionados abaixo:

  • formação de dobras, ou trincas por fibramento inadequado no forjamento
  • descarbonetação superficial decorrente de processos de fabricação a quente
  • difusão superficial do fósforo, que ocorre durante o tratamento térmico, quando o aço é revestido com fosfato antes da deposição a frio
  • fragilização por hidrogênio causada por processos de tratamento superficial
  • corrosão sob tensão (SCC)

O olhal da biela, bronzinas e o colo da árvore de manivela compõe um mancal deslizante. Os mancais deslizantes são submetidos a elevado desgaste em virtude do atrito, caso não haja lubrificação local. Os mancais de deslizamento tem a necessidade de uma grande quantidade de óleo lubrificante, e precisam trabalhar com uma folga ideal para manter o regime hidrodinâmico da lubrificação.

Lubrificação e Mancais de Bielas

Os manuais de serviço dos fabricantes de bronzinas indicam a importância da tolerância no mancal, que é da ordem de centésimos de um milímetro, que não pode se alterar durante o funcionamento do equipamento, devido ao risco de danificar o filme de lubrificante ideal entre a bronzina e as partes deslizantes.

Montagem e o Filme de Lubrificação

Os parafusos que fecham o mancal da biela podem com frequência apresentar trincas de fadiga que diminuem a rigidez deste mancal levando a uma abertura maior deste em trabalho. Também no caso de aplicação de torque incorreto dos parafusos na montagem do mancal, ocorre a perda da rigidez do mancal e pode-se perder a tolerância ideal de trabalho e consequentemente, perde-se a lubrificação hidrodinâmica no mancal.
No caso do rompimento deste filme ocorrem diversos tipos de defeitos de desgaste da bronzina com aquecimento do mancal que podem culminar com o engripamento da bronzina e até da biela. 

Materiais

O funcionamento da biela em motores diesel é severo e normalmente estes componentes são desenvolvidos em ligas perlíticas forjadas de alta resistência, como por exemplo, AISI 4140mod, e 36MnVS4, este último também é utilizado na fabricação da biela fraturada. Estes componentes, em aplicações diesel podem também apresentar tratamentos superficiais de shot peening que aumenta a vida em fadiga do componente.

Precisa fazer uma Análise de Falha em Biela, Árvore de Manivela ou Motor? Veja aqui.

Conclusão

  • A análise de falhas de bielas deve considerar o ambiente de trabalho deste componente como também a relação com seus itens de montagem.
  • O modo de falha de um componente desta complexidade pode apresentar mais de um fator causal devido a sua complexidade de manufatura e funcionamento.

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Análise de Falha – Consultoria e Treinamento

biela de locomotiva falha dútil - 1 Análise de Falha

A Importância da Análise de Falha e Análise de Quebra em Componentes de Motor e Equipamentos Industriais

biela de locomotiva falha dútil - 2 Análise de Falha
Biela de Motor de Locomotiva com Falha. Imagens da Capa da Biela e dos Parafusos da Capa da Biela com Falhas dúteis.

Além da eficiência superior a aplicação da técnica de análise de falhas também reduz o risco operacionNo ambiente industrial competitivo de hoje, a análise de falha mecânica se torna um recurso indispensável para garantir eficiência operacional e gestão de riscos. Se você se preocupa com a confiabilidade de componentes críticos como bielas de motor, eixos acionadores e juntas soldadas, a Testmat é sua parceira ideal com mais de duas décadas de expertise em análise de falha e análise de quebra.

Redução de Riscos e Custos com Análise de Falha

Implementar um programa de análise de falha em componentes retornados em garantia, ou em peças com falha recorrente, pode ser um divisor de águas na redução de custos com assistência técnica e garantia. A identificação precisa das causas raiz de falha em bielas ou eixos, por exemplo, pode prevenir despesas futuras elevadas e também otimizar o ciclo de vida do produto.

Ferramentas e Técnicas em Análise de Falha

Para analisar falhas com eficácia, a Testmat utiliza uma série de técnicas avançadas que auxiliam o engenheiro na identificação da causa raiz. Dentre elas, podemos citar:

Análise de Falha por Fadiga
Análise de Falha: Macrografia da superfície da fratura em eixo acionador. Análise de Quebra indica a presença de marcas de fadiga em 100% da fratura desde o início até o ponto de ruptura brusca.

1. Metalografia e Macrografia

  • Aplicação: Utilizada para examinar a estrutura interna dos materiais, frequentemente focando em componentes de motor como bielas e eixos.
  • Benefícios: Identifica defeitos estruturais e ajuda a entender as causas raiz das falhas.

2. Microscopia Eletrônica e Difração de Raios X

  • Aplicação: Análise em nível molecular e atômico de materiais. Muito usada para estudar a quebra em componentes de alta performance.
  • Benefícios: Permite uma identificação precisa de elementos e compostos, além de suas proporções.

3. Réplica Metalográfica

  • Aplicação: Envolve a criação de uma “impressão” do material para exame mais detalhado, sem danificar o componente original.
  • Benefícios: Ideal para inspeções in loco em componentes críticos como juntas soldadas, onde a remoção para análise é impraticável.

4. Análise de Esforços por Elementos Finitos

  • Aplicação: Simulação computacional usada para prever como um material ou componente reagirá sob forças e condições diversas.
  • Benefícios: Reduz o tempo e os custos associados a testes físicos; fornece dados valiosos para engenheiros na análise de quebra de componentes como eixos e bielas.

5. Reprodução de Falhas (Real e Virtual)

  • Aplicação: Recriar as condições sob as quais a falha ou quebra ocorreu, seja através de simulações computacionais ou testes físicos.
  • Benefícios: Oferece insights valiosos sobre as condições que levaram à falha, ajudando na formulação de medidas preventivas.

A Análise de Materiais na Análise de Quebra

Compreender as técnicas de análise de falha material é crucial quando se lida com análises de quebra em componentes de motor como bielas e eixos. Por exemplo: a escolha do tratamento térmico, seja cementação ou carbonitretação, pode afetar diretamente o desempenho e a vida útil do componente.

Fractografia: O Pilar da Análise de Quebra

A fractografia é uma ferramenta essencial na análise de falhas, especialmente no ambiente industrial. Especialistas na Testmat a utilizam para estudar as características superficiais das fraturas em componentes críticos de motor, tais como virabrequins, eixos e engrenagens, elementos frequentemente analisados por nosso corpo técnico.

Ao analisar meticulosamente a superfície de uma fratura, nossos engenheiros de falhas podem diagnosticar o tipo e os mecanismos da falha, seja ela causada por fadiga, desgaste, corrosão ou outros fatores. O resultado é um relatório aprofundado que serve como um guia abrangente para ações corretivas e preventivas, essencial para os tomadores de decisão na sua empresa.

Tomemos como exemplo o exame fractográfico de um eixo acionador. A presença de marcas de fadiga na superfície da fratura pode fornecer informações críticas sobre a causa raiz da falha. Além disso, detalhes como a cor e a textura da fratura podem revelar insights sobre as condições operacionais e de carregamento que contribuíram para o evento de quebra (veja figura acima).

Pós-Análise de Falha: Implementação de Melhorias

Após a análise, a Testmat oferece suporte na implementação de melhorias, atualização de documentação técnica como FMEA e planos de controle, visando a otimização da qualidade e redução de custos.

Treinamentos e Consultoria em Análise de Falhas

Também oferecemos treinamentos especializados e suporte de engenheiros residentes para maximizar a eficácia das suas análises de falha. Se você procura mais conhecimento na área de análise de falhas, ou análise de quebra de componente, veja mais, aqui.

 

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A Testmat não fornece apenas dados, fornecemos soluções. Veja mais sobre nossos serviços de análise de falha.

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Metalurgia Online – Cursos em Processos Metalúrgicos

Fluxo Curso Generico - 3 Análise de Falha

Cursos em Metalurgia e Materiais por EAD

Os cursos e treinamentos em Metalurgia e Materiais da TestMat estão de volta no formato online. Já estão em nosso portal de ensino a distância, nas modalidades ao vivo e gravadas os tradicionais cursos em Metalurgia de:

A TestMat oferece agora os cursos e treinamentos em engenharia na modalidade online, ou em eventos ao vivo.

Cursos por EAD com Treinamento Prático

Os cursos com módulo prático presencial são: Metalografia, Réplica Metalográfica e Macrografia. Os alunos irão realizar os módulos presenciais tanto na sua empresa, ou nos laboratórios da TestMat.

Parece estranho um curso de Metalografia, ou Macrografia por EAD?

A princípio pode parecer… Mas com certeza são cursos excelentes que permitem um aprendizado teórico aprofundado. Os dias de prática posterior são muito mais proveitosos. A teoria é dada em aulas com exercício que ajudam a compreender o tema e o Professor está disponível entre as aulas através das ferramentas de ensino. Com o andamento das aulas teóricas ao longo dos dias o aluno pode preparar as suas dúvidas que deseja sanar no ensino prático, tornando assim a atividade prática mais objetiva para o aluno.

Os cursos em metalurgia ao vivo da Testmat tem diversas atividades no portal EAD
Os cursos em metalurgia ao vivo da Testmat tem diversas atividades no portal EAD, que ajudam no aprendizado de conceitos importantes da ciência dos materiais e metalurgia.

Após 20 anos de treinamentos presenciais e híbridos escolhemos por esta melhoria em nossa grade de treinamentos em processos metalúrgicos e engenharia de materiais.

Mas o que é treinamento híbrido em metalurgia?

O treinamento híbrido funde duas abordagens bem sucedidas no treinamento: eventos presenciais e instrução presencial. As proporções dessas abordagens podem variar conforme o treinamento que está sendo cursado. Por exemplo, no curso de Análise de Falhas os alunos são direcionados para completar módulos teóricos específicos on-line e ao vivo, antes de começar o módulo prático de execução da análise de falha. O curso de tratamento térmico tem somente atividades online, incluindo as atividades práticas.  Assim, não há um padrão para o treinamento híbrido. Mas a ideia geral é fornecer aos alunos uma síntese tanto do aprendizado virtual quanto presencial, a fim de aproveitar os benefícios de cada um. O treinamento híbrido nem sempre é fácil de conseguir, pois requer uma quantidade significativa de infraestrutura virtual e presencial para estar disponível. Mas como quase todos fizeram investimentos recentes em treinamento virtual, a maior parte dessa infraestrutura necessária está agora amplamente disponível.

Desta forma, a TestMat procurou uma plataforma sólida e internamente trocou muitas idéias para chegar neste formato exclusivo. Os cursos mantém a qualidade consagrada após anos no mercado estando aliada à tecnologia mais avançada de aulas online.

Plataforma de EAD TestMat

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EAD Testmat em Metalurgia e Materiais. Conhecimento e Prática juntos no aperfeiçoamento de seus alunos.

A plataforma de EAD da TestMat é uma das mais modernas no mercado e é utilizada por diversas Universidades. Com a plataforma é possível estar matriculado em mais de um curso na TestMat, frequentar as aulas, realizar as atividades pós aula de desenvolvimento pessoal, fazer as avaliações intermediárias para verificar os pontos de conhecimento que necessitam ainda de aprofundamento e entrar em contato com o Professor.

Entendemos que o desenvolvimento da Metalurgia no Brasil é forte e constante e assim o ensino de Metalurgia e Materiais também precisa seguir seu caminho de aprimoramento.

Veja um vídeo dos principais cursos disponíveis aqui.

Aproveite para conhecer todos nossos cursos oferecidos aqui.

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Análise de Falhas Aço 20MnCr5. Fragilização por Carbonetos

Medida de Tamanho de Grão em Camada Cemetada. Ataque: Tepol. Aumento 100x

Análise de falhas em componentes de aço carbono cementado 20MnCr5

O 20MnCr5 é um material utilizado no powertrain automotivo. Assim, a análise de falhas que envolvem componentes fabricados com este material são de grande relevância na indústria automotiva.

Histórico – Distribuição das falhas e sua freqüência

O histórico de falha indica uma vida curta (algumas horas de uso), com a falha ocorrendo no início de sua vida considerando a sua vida esperada (mais de 10 anos). Nesta fase, as falhas ocorrem devido à problemas de fabricação, qualidades de matéria prima inadequadas, entre outras. A quantidade de falhas ocorridas também foi elevada também indicando o período de falhas em início de vida.

ciclo de vida do produto
Distribuição das falhas e sua frequência ao longo da vida do produto.

Caso a falha tivesse ocorrido após um ano, probabilidade de grandes quantidades de falhas seria menor e os problemas de falhas estariam relacionado muito provavelmente com parâmetros de projeto. As falhas em fim de vida estão relacionadas com o desgaste do material e mecanismos de fadiga.

Características do 20MnCr5 para Análise de Falhas

O DIN 20MnCr5 é um aço com baixo teor de carbono para processo de fabricação com tratamento térmico superficial por cementação, com boa temperabilidade e alcançando boa resistência ao desgaste devido à alta dureza superficial após o processo de têmpera no tratamento térmico. O tamanho de grão reduzido proporciona uma boa tenacidade e resistência à fadiga. É um material selecionado para componentes de caixa de câmbio, engrenagens e outra peças de alto desgaste. Pode ser fornecido com teor de enxofre controlado para proporcionar boas propriedades de usinagem com ótimo acabamento superficial.

Variáveis de Processo Importantes na Análise de Falhas

O processo de cementação do DIN 20MnCr5 deve ser controlado com grande atenção ao potencial de carbono para evitar a formação de rede de carbonetos na superfície da peça nas regiões cementadas. A imagem a seguir da análise de falhas apresenta uma formação de rede de carbonetos numa amostra preparada sem ataque.

O processo precisa ter uma fonte de carbono com craqueamento controlado, e devem ser evitados os processos de cementação por via sólida, que tem um potencial de carbono muito elevado.

Análise de falhas. Metalografia da superfície do corpo de prova cementado por via gasosa.
Figura 01 – Análise de falhas. Metalografia da superfície do corpo de prova cementado por via gasosa. Rede de carbonetos visível na superfície da amostra somente polida. Ataque: Nenhum. Aumento: 200x.

Outro ponto crítico no controle deste processo metalúrgico de cementação é a temperatura e tempo de exposição do material nestas altas temperaturas. Caso estas temperaturas solubilizem os elementos de liga adicionados para ancorar os contornos de grão austeníticos poderá ocorrer crescimento de grão exagerado e em alguns casos, o crescimento anormal de grão. A presença de grãos crescidos anormalmente é um fator que diminui severamente a tenacidade do material.

Importância do Tamanho de Grão na Análise de Falha

Na análise de falhas do componente verificou-se o tamanho de grão após o tratamento térmico e foi possível caracterizar na superfície da amostra grãos com crescimento de grão anormal. Esta microestrutura foi revelada por ataque químico metalográfico indicado para revelação de tamanho de grão austenítico, o Tepol. A medição de tamanho de grão segue a norma ASTM E 112, e no caso foram medidos na figura abaixo os grãos com crescimento anormal somente. Veja mais sobre Medição de Tamanho de Grão aqui.

Análise de falhas. Grãos com crescimento anormal forma medidos com média acima de 60µm.
Figura 02 – Análise de falha. Metalografia do 20MnCr5 após cementação e têmpera. Superfície polida e atacada. Grãos com crescimento anormal forma medidos com média acima de 60µm. Ataque: Tepol. Aumento: 200x.

Análise de Falhas: Alterações Microestruturais e Vida em Campo

Um filme de carbonetos formado no contorno de grão austenítico do material é um fator que diminui a resistência do material severamente nestas regiões. Como o carboneto é frágil, com o esforço mecânico elevado, este se rompe facilmente ao longo da região precipitada. Isto fornece ao material a característica de comportamento frágil em tensões de trabalho. No caso de falha analisado, a ruptura percorreu esses precipitados e em regiões isoladas onde esse carboneto não se formou é visível a formação de alvéolos de deformação plástica. No caso a análise microestrutural descreveu comportamento do mecânico do item em campo e foi uma fato conclusivo na análise da falha da peça.

Desta forma, resultado de uma microestrutura cementada, temperada e revenida com carbonetos precipitados em contorno de grão e com grãos austeníticos crescidos anormalmente é uma estrutura frágil em campo. A figura a seguir apresenta a fratura típica do item após curto serviço em campo.

Análise de falhas. Microscopia Eletrônica de Varredura. Superfície de falha com presença de fratura frágil com propagação da fratura intergranular
Figura 03 – Análise de falhas. Microscopia Eletrônica de Varredura. Superfície de falha com presença de fratura frágil com propagação da fratura intergranular provavelmente pela presença dos carbonetos em contorno de grão (setas vermelhas) com algumas regiões com característica dútil, ou alveolar (setas verdes). Aumento: 2000x.

Conclusão

  • A Análise de Falhas é uma técnica multidisciplinar que envolveu neste caso parâmetros de controle e manutenção do forno de tratamento térmico e seus efeitos negativos sobre a qualidade microestrutural no material da peça com falha. Veja mais sobre métodos de análise de falhas aqui.
  • Análise de falhas mecânicas podem indicar influências de parâmetros de processo ou de manutenção de equipamentos inadequados. Veja mais sobre Serviços da TestMat aqui.

Busca mais informações sobre Métodos de Análise de Falha, veja mais em nossos cursos aqui.

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Análise de Falha em Flange - 4 Análise de Falha

Curso Análise de Falhas Metalúrgicas e Confiabilidade de Equipamentos e Produto

 

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Objetivo

Fornecer aos participantes os fundamentos básicos sobre comportamento dos materiais na deformação e fratura, processo de fratura e tipos de falhas. Capacitar os participantes a aplicar estes conceitos, juntamente com metodologias de análise em laboratório, para identificar a provável cau

Fractografia. Análise de Falhas.
Fractografia, Modo de Falha: Fadiga. Curso de Análise de Falhas e Confiabilidade.

sa da falha. Indicado para profissionais das áreas de manutenção, desenvolvimento de produto, assistência técnica e garantia, controle de qualidade e manutenção.

Conteúdo

    • Introdução à Falha
    • Introdução à Resistência dos Materiais à Fratura
    • Tipos de Falha em Campo
    • Fadiga, Fluência, Fratura Dútil, Fratura Frágil e Semi Frágil
    • Técnicas de Análise
    • Condução da Análise de Falha
    • Fractografia e Metalografia na Análise de Falha
    • Ensaios
    • Metodologia de Análise
    • Diagramas FTA – Failure Tree Analysis
    • Introdução a Confiabilidade: Estatística Weibull
    • Projeto Prático de Análise de Falha desenvolvido pelo aluno após módulo teórico (30 dias)

Aplicabilidade do Curso

Capacitação para realizar a análise das falhas mecânicas de equipamentos, máquinas e, de suas causas metalúrgicas e a confiabilidade. Estudo das falhas por fractografia, FMEA, diagrama da árvore de falha (FTA) e outras técnicas de perícia em materiais e produtos. Desenvolver a Confiabilidade nas atividades de Manutenção, Engenharia, Suporte ao Cliente e Risco Operacional. Uso de conceitos avançados: MTBF-Mean Time Between Failures, Taxa de Falhas e AI-Inteligência Artificial na Previsão de Falhas.

Formato

  • Aulas ao Vivo (Google Meet, ou Equivalente) na forma de apresentações com atividades por EAD e exemplos práticos
  • Aulas das 15h às 18h, em cinco datas conforme agenda
  • Ao término, será realizado uma Análise de Falha conjunta com a Testmat, com duração de no máximo 30 dias. O objetivo é aplicar as ferramentas e as técnicas aprendidas
  • Duração estimada: 15h Ao Vivo + EAD + Projeto de Análise de Falha 30 dias

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Aplicabilidade do Curso

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Bandeamento na Microestrutura do Aço AISI4140 – Modo de Falha

Ensaio Metalografico Ferrita Martensita Bandas - 5 Análise de Falha

Objetivo

Caracterização de bandeamento de microestrutura do aço e da homogeneidade da distribuição dos elementos de liga e microconstituintes do material.

Reagente nital

O reagente Nital é um dos reagentes mais versáteis na metalografia dos aços carbonos, podendo ser utilizado também em macrografias e até em algumas ligas não ferrosas. No caso foi utilizado para avaliar a homogeneidade do material.

Material 4140mod.

Aço AISI 4140 modificado, Forjado. Produto com tratamento térmico de têmpera e revenimento posterior.

Liga típica de uso na fabricação de componentes da indústria Petroquímica, Perfuração de Poços.

Técnica Metalográfica

Metalografia da Seção longitudinal

Microscópio: Metalográfico Invertido Ótico

Iluminação: Direta

Microestrutura do aço com Bandeamento
Metalografia Bandeamento da Microestrutura do aço na direção vertical da imagem. Ferrita + Martensita. Aço Carbono. 50x. Reagente: Nital 3%.

 

Comentários

O bandeamento da microestrutura do aço carbono resulta da segregação química durante a fabricação do lingote.
Esta segregação pode permanecer após a laminação ou forjamento do lingote resultando em alteração microestrutural visível na forma de bandas.
Estas bandas trazem variações nas propriedades mecânicas do item fabricado, principalmente no estado temperado e revenido. Algumas falhas de equipamentos podem resultar destas bandas microestruturais acentuadas.

Links Úteis

ASTM E407 Standard Practice for Microetching Metals and Alloys

ASTM E340 Standard test method for macroetching metals and alloys

ASTM E381 Standard method of macroetch testing steel bars, billets, blooms and forgings

ISO 4969 Steel — Etching method for macroscopic examination

TestMat – Serviços em Metalografia e Macrografia

TestMat – Cursos em Caracterização de Materiais (Metalografia e Macrografia)

 

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Aço Inox 420 – Carbonetos em Contorno de Grão (Vilella’s)

precipitação caerbonetos em contorno de grão inox 420 - 6 Análise de Falha

Objetivo

Caracterização de dano e necessidade de reparo em liga aço inox AISI 410 exposta ao aquecimento por tempo elevado.

Reagente Vilella’s

O reagente metalográfico Villela’s é utilizado na identificação das fases Delta e Sigma e revela Carbonetos em contornos de grão austeníticos.

Material Aço Inox 420

Aço Inox AISI 410. Forjado, Temperado e Revenido.

Liga típica de uso na fabricação de equipamentos com resistência mecânica elevada em aplicações de corrosão de média intensidade.

TÉCNICA METALOGRÁFICA

Réplica Metalográfica para Avaliação de Sensitização

Microscópio: Microscópio Ótico Invertido em réplica extraída com acetato para réplica FilmCopy

Iluminação: Direta

Aço Inox 420. Fragilidade ao Revenido. Precipitação Carbonetos
Precipitação de Carbonetos em Contorno de Grão Austenítico. Aço Inox 420. 500x. Reagente: Vilella.

Comentários

As ligas de aço inox 420 martensíticas são suscetíveis à precipitação de carbonetos de cromo em contorno de grão em aquecimentos prolongados entre 400 e 600oC. Nas ligas da família 3xx isto pode levar a perdas de propriedade mecânica e perda da resistência à corrosão. Para as ligas da família 4xx esta presença em excesso também pode ser prejudicial para a resistência à corrosão e para as propriedades mecânicas. Esta precipitação é responsável pela fragilidade ao revenido deste material. Alguns problemas de campo podem estar relacionados com este tipo de microestrutura, que pode levar a falha do item durante o uso.

Links Úteis

ASTM E407 Standard Practice for Microetching Metals and Alloys

ASTM E340 Standard test method for macroetching metals and alloys

ASTM E381 Standard method of macroetch testing steel bars, billets, blooms and forgings

ISO 4969 Steel — Etching method for macroscopic examination

TestMat – Análise de Falhas e Danos

TestMat – Caracterização de Resistência à Corrosão

TestMat – Cursos em Caracterização de Materiais (Metalografia e Macrografia)