Maximizando a Durabilidade de Panos de Polimento Metalográfico no Laboratório
A manutenção cuidadosa dos insumos no laboratório metalográfico é fundamental para aprimorar a qualidade das análises. Neste artigo, exploraremos a importância de acompanhar e otimizar a durabilidade dos panos de polimento metalográfico, garantindo resultados precisos e eficazes em suas análises metalográficas.
Panos de Polimento Metalográfico: Estendendo sua Vida Útil
Os panos de polimento metalográfico desempenham um papel vital na preparação de amostras para análises metalográficas. Entender a vida útil esperada desses insumos é fundamental. Analisaremos fatores como a abrasividade das amostras, pressão de polimento e a escolha do pano apropriado para prolongar a durabilidade e manter a excelência nas análises. Adotar práticas de manutenção preventiva pode economizar tempo e recursos no laboratório.
Quanto Tempo um Pano Pode Durar?
Se você chegou até este ponto do artigo, é provável que esteja se perguntando: “Quantas amostras um pano pode processar?” Um pano bem mantido mantém sua abrasividade até que seu tecido se desgaste completamente, como ilustrado na imagem abaixo. Este é o ponto final da vida útil do pano. Com a aplicação de boas práticas, essa etapa demorará mais para ser alcançada, reduzindo custos e riscos.
Pano com desgaste. Trama do tecido visível. Esta é a indicação de um pano desgastado. (TestMat)
3 Dicas Essenciais para Manutenção e Limpeza de Panos
Manter seus panos de polimento metalográfico em condições ideais requer cuidados específicos. Neste tópico, compartilhamos três dicas valiosas para manutenção e limpeza eficaz desses insumos. Desde a remoção de resíduos abrasivos até a escolha dos produtos de limpeza adequados, essas práticas garantem uma vida útil prolongada e resultados precisos em suas análises metalográficas.
Afixação adequada do pano no disco da politriz é essencial. Bolhas e dobras podem inutilizar rapidamente o pano.
A abrasividade da amostra inclui o embutimento ou o porta-amostras utilizado. Remover as quinas do embutimento é crucial, pois elas desgastam rapidamente o pano.
Armazene o pano junto com o disco em um recipiente fechado. Racks em gavetas ou embalagens com tampas são opções. Isso evita a deposição de poeira na superfície enquanto o pano não está em uso.
Além dessas três dicas, recomendamos a limpeza periódica do pano com cuidado e a regulagem correta de velocidade e sentido de rotação da politriz.
Conclusão
A durabilidade dos insumos no laboratório metalográfico é crucial para garantir a precisão das análises.
Panos de polimento metalográfico desgastados podem prejudicar a qualidade dos resultados.
Medidas de manutenção e limpeza adequadas são uma estratégia inteligente para economizar recursos e manter a eficiência das operações no laboratório.
Esperamos que este artigo tenha sido informativo e útil. Para obter mais informações sobre metalografia e insumos de laboratório, confira nossos treinamentos especializados.
Curso Prático e Teórico de Metalografia em Ferros Fundidos
Treinamento Completo com Suporte Exclusivo
Objetivo Este curso de metalografia foca em ferros fundidos, oferecendo formação prática e teórica. Os participantes utilizarão equipamentos de laboratório para executar ensaios metalográficos e estudarão variáveis como o diagrama ferro-carbono e efeitos de adição de elementos como o silício.
Indicado para metalógrafos de todos os níveis, o curso aborda desde microestruturas até comportamento na solidificação. O treinamento habilita os profissionais a identificar defeitos específicos em ferros fundidos e a realizar análises complexas eficazmente. Benefícios incluem habilidades aprimoradas em preparação e análise de amostras metalográficas.
Microestrutura: 40% Ferrita e 60% Perlita, Nódulos de Grafite tipo A1. Ataque: Nital. Aumento: 100x.
Metodologia O treinamento da Testmat é dividido nos seguintes módulos: Módulo Teórico Ao Vivo em Ensino à Distância e Módulo Prático em Laboratório. O Módulo Prático é agendado num terceiro dia adicional específico.
Suporte exclusivo Testmat O aluno terá suporte após o treinamento no ambiente de Ensino a Distância.
Conteúdo Teórico
Introdução aos materiais e processos de fundição
Especificação de Ferros Fundidos
Metalurgia dos Ferros Fundidos: Nodular e Cinzento
Origem da microestrutura: Grafita e Matriz Metálica
Classificação de Microestruturas
Ferros Fundidos, Parâmetros de Processo e Propriedades Mecânicas
Tratamentos Térmicos de Ferros Fundidos
Seleção e retirada e preparação de amostra
Microscopia ótica e tipos de microscópios existentes
Técnicas de ataque – Estudos de caso (Aulas práticas em microscópio e laboratório)
Metalografia como controle de processo
Gestão do laboratório conforme ISO IEC 17025
Softwares de análise de imagem
MEV – Microscopia eletrônica de varredura (introdução)
Formato
Aulas ao Vivo (Google Meet, ou Equivalente) na forma de apresentações com atividades por EAD e exemplos práticos
Aulas das 15h às 18h, em cinco datas conforme agenda. Ao término, será realizado um curso prático no laboratório da Testmat ou no Cliente, conforme disponibilidade e adequação logística
O objetivo do Módulo Prático é um dia de Laboratório com o Professor auxiliando a aplicar as ferramentas e as técnicas aprendidas
Duração estimada: 15h Ao Vivo + EAD + 1 dia Prático. Total: 25h
Metalografia e Aplicações Industriais de Ligas de Cobre: Técnicas e Desafios
Objetivo:
O curso visa a capacitar profissionais de engenharia, metalógrafos e pesquisadores de P&D a realizar ensaios metalográficos avançados, com foco em ligas de cobre relevantes na indústria, como Cobre Eletrolítico, Bronzes e Latões. A formação aborda métodos e técnicas para ataques metalográficos, metalografia quantitativa, determinação de fases e tamanho de grão. O módulo teórico, realizado ao vivo, aprofunda conhecimentos em ciência dos materiais aplicados a indústrias elétricas, mecânicas e marítimas. O módulo prático, por sua vez, é presencial e permite a aplicação direta das técnicas em equipamentos de laboratório. Este curso é ideal tanto para iniciantes quanto para profissionais experientes em metalografia, fornecendo insights, dicas e soluções para desafios específicos do setor.
Aplicabilidade:
O curso é essencial para engenheiros, metalógrafos e profissionais de P&D que atuam com ligas de cobre. Abrange desde o Cobre Eletrolítico em aplicações elétricas até Bronzes em componentes mecânicos e Latões em aplicações marítimas de alta exigência. A formação oferece técnicas de ensaios metalográficos avançados e insights sobre seleção e aplicação de materiais, capacitando os profissionais a otimizar a qualidade e a eficiência em suas áreas de atuação.
Público-Alvo:
Profissionais de engenharia, metalógrafos, pesquisadores de P&D e técnicos envolvidos com a indústria metalúrgica, particularmente nas áreas elétrica, mecânica e marítima. Indicado tanto para iniciantes quanto para profissionais experientes em metalografia.
Conteúdo:
Fundamentos em Ciência dos Materiais
Visão geral das ligas de cobre e suas aplicações industriais
Seleção, retirada e preparação de amostras
Técnicas de Caracterização
Microscopia ótica e tipos de microscópios
Introdução à microscopia eletrônica de varredura (MEV)
Análise da Microestrutura
Origem da microestrutura em processos metalúrgicos
Influência de tratamentos térmicos na microestrutura
Classificação e identificação de microestruturas
Metalografia Quantitativa
Parâmetros e relações comuns
Métodos para determinação de fases e tamanho de grão
Controle de Qualidade e Processo
Metalografia como ferramenta de controle de qualidade
Gestão laboratorial sob a norma ISO/IEC 17025
Análise de Imagem e Software
Softwares para análise de imagem e medições
Estudos de Caso e Aplicações Industriais
Técnicas de ataque químico e exemplos práticos
Foco em ligas de alta solicitação mecânica e química, como latões navais
Microscopia ótica Aula em laboratório com preparação e análise de amostra
Objetivo Capacitar o profissional a executar ensaiosmetalográficos completos em ligas de alumínio, utilizando no treinamento os equipamentos do laboratório. Apresentar as diversas técnicas de ataques metalográficos, preparação de amostras e metodologias envolvidas para identificação dos microconstituintes, medições de tamanho de grão, entre outros. Indicado para metalógrafos iniciantes, ou para metalógrafos com experiência que procuram um curso de revisão amplo onde poderão adquirir novos insights, dicas e novas tratativas de problemas.
Metodologia O treinamento da Testmat é dividido nos seguintes módulos: Módulo Teórico em Ensino à Distância e Módulo Prático em Laboratório. O Módulo Prático é agendado em dia adicional específico.
SuporteexclusivoTestmat O aluno terá suporte após o treinamento no ambiente de Ensino a Distância.
Conteúdo Teórico
Seleção e retirada e preparação de amostra
Introdução às Ligas de Alumínio
Fabricação do Alumínio: Conformação, Fundição e Injeção
Princípios de Fundição e Injeção
Conformação à Quente e à Frio do Alumínio
Tratamentos Térmicos das Ligas de Alumínio
Microestruturas do Alumínio e Propriedades Mecânicas
Influência e Controle de Porosidade, Inclusões nos Fundidos
Microscopia ótica e tipos de microscópios existentes
Classificação de Microestruturas
Metalografia Quantitativa: Relações da metalografia quantitativa mais comuns
Medições com microscópio
Técnicas de ataque – Estudos de caso
Metalografia como controle de processos de produtos de Ligas de Alumínio
Gestão do laboratório conforme ISO IEC 17025
Softwares de análise de imagem
MEV – Microscopia eletrônica de varredura
Formato
Aulas ao Vivo (Google Meet, ou Equivalente) na forma de apresentações com atividades por EAD e exemplos práticos
Aulas das 15h às 18h, em cinco datas conforme agenda
Ao término, será realizado um curso prático no laboratório da Testmat ou no Cliente, conforme disponibilidade e adequação logística. O objetivo é aplicar as ferramentas e as técnicas aprendidas
Duração estimada: 15h Ao Vivo + EAD + 1 dia Prático. Total: 25h
Identificar as ligas fundidas e injetadas de alumínio adequadas à aplicações específicas. Descrever com a metalurgia do alumínio os parâmetros chave para os processos de fabricação do alumínio que influenciam a relação estrutura e propriedade. Identificar a composição e características de processos que alteram as propriedades finais. Solucionar problemas rotineiros de tratamento térmico e fabricação.
Conteúdo
Introdução ao Alumínio
Metalurgia Extrativa do Alumínio e Alumínio Secundário
Ligas de alumínio, designação e têmpera
Propriedades do Alumínio e suas ligas fundidas
Seleção e aplicação de ligas de Alumínio fundidas
Fabricação do alumínio: Fundição e Injeção
Princípios e Práticas de Fundição e Injeção
Parâmetros de Processos: seu controle e otimização
Tratamentos térmicos e Envelhecimento de ligas
Metalografia, Microestruturas de ligas fundidas e tratadas
A quem se destina Técnicos, Tecnólogos, Engenheiros, Inspetores de linha e da Qualidade e demais profissionais com atuação nas indústrias do segmento metal mecânico. Também se destina à todos usuários de peças acabadas, semi acabadas ou de matéria prima de alumínio que desejam aprimorar seus conhecimentos nos processos de fabricação, transformação das ligas e na metalurgia do alumínio. O participante será capaz de entender por que uma liga de alumínio não se comporta como desejado, ou como fazer para que o produto de alumínio apresente uma determinada propriedade. Discutir os diversos tipos de controle de qualidade, ensaios e testes realizados para assegurar a qualidade dos produtos e ligas de alumínio fabricadas.
Formato
Aulas ao Vivo (Google Meet, ou Equivalente) na forma de apresentações com atividades por EAD e exemplos práticos
Duração estimada: 15h Ao Vivo em 5 sessões das 15 às 18h, conforme agenda. Atividades em EAD: 05h. Total: 20h
A Importância da Análise de Falha e Análise de Quebra em Componentes de Motor e Equipamentos Industriais
Biela de Motor de Locomotiva com Falha. Imagens da Capa da Biela e dos Parafusos da Capa da Biela com Falhas dúteis.
Além da eficiência superior a aplicação da técnica de análise de falhas também reduz o risco operacionNo ambiente industrial competitivo de hoje, a análise de falha mecânica se torna um recurso indispensável para garantir eficiência operacional e gestão de riscos. Se você se preocupa com a confiabilidade de componentes críticos como bielas de motor, eixos acionadores e juntas soldadas, a Testmat é sua parceira ideal com mais de duas décadas de expertise em análise de falha e análise de quebra.
Redução de Riscos e Custos com Análise de Falha
Implementar um programa de análise de falha em componentes retornados em garantia, ou em peças com falha recorrente, pode ser um divisor de águas na redução de custos com assistência técnica e garantia. A identificação precisa das causas raiz de falha em bielas ou eixos, por exemplo, pode prevenir despesas futuras elevadas e também otimizar o ciclo de vida do produto.
Ferramentas e Técnicas em Análise de Falha
Para analisar falhas com eficácia, a Testmat utiliza uma série de técnicas avançadas que auxiliam o engenheiro na identificação da causa raiz. Dentre elas, podemos citar:
Análise de Falha: Macrografia da superfície da fratura em eixo acionador. Análise de Quebra indica a presença de marcas de fadiga em 100% da fratura desde o início até o ponto de ruptura brusca.
1. Metalografia e Macrografia
Aplicação: Utilizada para examinar a estrutura interna dos materiais, frequentemente focando em componentes de motor como bielas e eixos.
Benefícios: Identifica defeitos estruturais e ajuda a entender as causas raiz das falhas.
2. Microscopia Eletrônica e Difração de Raios X
Aplicação: Análise em nível molecular e atômico de materiais. Muito usada para estudar a quebra em componentes de alta performance.
Benefícios: Permite uma identificação precisa de elementos e compostos, além de suas proporções.
3. Réplica Metalográfica
Aplicação: Envolve a criação de uma “impressão” do material para exame mais detalhado, sem danificar o componente original.
Benefícios: Ideal para inspeções in loco em componentes críticos como juntas soldadas, onde a remoção para análise é impraticável.
4. Análise de Esforços por Elementos Finitos
Aplicação: Simulação computacional usada para prever como um material ou componente reagirá sob forças e condições diversas.
Benefícios: Reduz o tempo e os custos associados a testes físicos; fornece dados valiosos para engenheiros na análise de quebra de componentes como eixos e bielas.
5. Reprodução de Falhas (Real e Virtual)
Aplicação: Recriar as condições sob as quais a falha ou quebra ocorreu, seja através de simulações computacionais ou testes físicos.
Benefícios: Oferece insights valiosos sobre as condições que levaram à falha, ajudando na formulação de medidas preventivas.
A Análise de Materiais na Análise de Quebra
Compreender as técnicas de análise de falha material é crucial quando se lida com análises de quebra em componentes de motor como bielas e eixos. Por exemplo: a escolha do tratamento térmico, seja cementação ou carbonitretação, pode afetar diretamente o desempenho e a vida útil do componente.
Fractografia: O Pilar da Análise de Quebra
A fractografia é uma ferramenta essencial na análise de falhas, especialmente no ambiente industrial. Especialistas na Testmat a utilizam para estudar as características superficiais das fraturas em componentes críticos de motor, tais como virabrequins, eixos e engrenagens, elementos frequentemente analisados por nosso corpo técnico.
Ao analisar meticulosamente a superfície de uma fratura, nossos engenheiros de falhas podem diagnosticar o tipo e os mecanismos da falha, seja ela causada por fadiga, desgaste, corrosão ou outros fatores. O resultado é um relatório aprofundado que serve como um guia abrangente para ações corretivas e preventivas, essencial para os tomadores de decisão na sua empresa.
Tomemos como exemplo o exame fractográfico de um eixo acionador. A presença de marcas de fadiga na superfície da fratura pode fornecer informações críticas sobre a causa raiz da falha. Além disso, detalhes como a cor e a textura da fratura podem revelar insights sobre as condições operacionais e de carregamento que contribuíram para o evento de quebra (veja figura acima).
Pós-Análise de Falha: Implementação de Melhorias
Após a análise, a Testmat oferece suporte na implementação de melhorias, atualização de documentação técnica como FMEA e planos de controle, visando a otimização da qualidade e redução de custos.
Treinamentos e Consultoria em Análise de Falhas
Também oferecemos treinamentos especializados e suporte de engenheiros residentes para maximizar a eficácia das suas análises de falha. Se você procura mais conhecimento na área de análise de falhas, ou análise de quebra de componente, veja mais, aqui.
A grafita é um componente microestrutural dos ferros fundidos. Ela é formada pelo excesso de carbono da liga em relação ao teor máximo do carbono que pode ser dissolvido no ferro sólido. Assim, a grafita se forma na solidificação do material e apresenta diferentes morfologias decorrentes principalmente das características da solidificação do produto e da composição química da liga. Algumas morfologias da grafita são obtidas também por tratamentos térmicos de longa duração.
Metalografia Ferro Fundido. Classificação da Grafita Nodular. Microestrutura de 50% Ferrita, 40% Perlita e 10% de Grafita Nodular. Ataque: Nital. Aumento: 100x.
O tipo, ou a morfologia da grafita formada irá dar diferentes propriedades mecânicas ao ferro fundido e a sua influência é tão determinante ao ferro fundido que estes são classificados conforme a morfologia da grafite formada.
Desta forma, a grafita, também denominada de grafite (do inglês graphite) tem grande importância na qualidade dos ferros fundidos. A correta morfologia da grafita irá determinar, por exemplo, o alongamento (A%) e a estricção (Z%) do material que são propriedades que definem a dutilidade e a tenacidade do ferro fundido.
Em alguns casos, a classificação da grafita não é exigida, classificando a qualidade do ferro fundido somente por suas propriedades mecânicas, como por exemplo, LR e LE.
Algumas normas definem os tipos de grafite, por exemplo a ASTM A247 (classificação de grafita) e ASTMA48 (classificação ferro fundido cinzento por propriedade mecânica) e a ISO 945 também tem classificações da grafita.
O método de classificação da grafite pela ASTM e ISO mais simples é através de quadros comparativos, avaliando a morfologia, distribuição e o tamanho das grafitas. O quadro abaixo é um comparativo da norma ASTM com a ISO para a classificação de classificação da grafita de ferros fundidos nodulares.
Preparação de Amostras para Classificação da Grafita
Alguns cuidados devem ser tomados na preparação das amostras de ferros fundidos com o objetivo de caracterizar corretamente a morfologia e a classificação das grafites. A grafite é um microconstituinte muito frágil e qualquer pressão exagerada pode removê-la da face em análise. Por isso para obter a morfologia da grafita é necessário cuidado na preparação metalográfica.
Esta preparação deve garantir que as grafitas fiquem retidas na face da amostra para sua observação e o efeito de borda entre a grafita e a matriz metálica seja minimizado. Na preparação de amostras metalográficas de ferro fundido utiliza-se normalmente pasta de diamante no polimento e a última lixa deve ser feita a seco e o número de lixas na sequência de preparação deve ser a menor possível.
Diferentes normas classificam o aspecto micrográfico da grafita
O quadro à seguir apresenta diferentes tipos de classificação da grafita e estão apresentadas comparativamente entre as normas ASTM e ISO. Além destes quadros comparativos existem os métodos de análise por imagem para avaliar o formato das grafitas, a presença percentual de cada morfologia diferente (quando existente) e cálculos de nodularização, como por exemplo a ASTM E2567
Classificação da Grafita. ASTM A247 e ISO 945 Comparativo e Descrição de Grafita Nodular
Os ferros fundidos cinzentos, nodulares, maleáveis ou brancos são ligas com mais de 2% de carbono, que é o limite da solubilidade do carbono na austenita. Esta grande quantidade de carbono pode estar presente em três formas nestes materiais:
Dissolvido nas diversas fases;
Como cementita;
Como grafita.
Efeitos da Composição Química
O carbono é o principal elemento de liga nos materiais ferrosos devido a sua capacidade de alterar as propriedades mecânicas com adições de baixo custo. No ferro fundido, o carbono que não ficou dissolvido na matriz metálica, ou precipitou na forma de carbonetos de cementita, ou que tenha sido utilizado na formação da cementita irá formar a grafita nos ferros fundidos. O balanço entre a quantidade de grafita formada, a sua morfologia e a quantidade de carbono como elemento de liga na matriz metálica irá determinar a qualidade do ferro fundido.
Esta quantidade de carbono na matriz metálica irá determinar a resposta da matriz metálica ao ciclo de resfriamento do fundido. Velocidades de resfriamento mais acentuadas poderão produzir microestruturas mais aciculares, perlitas finas e menor quantidade da fase de ferrita. Além disto, esta quantidade de carbono na matriz pode ser importante para os ferros fundidos com tratamentos térmicos posteriores, como por exemplo, o ferro fundido nodular austemperado.
Quando se fala dos efeitos dos ciclos térmicos no resfriamento do fundido é necessário se considerar a composição química completa da liga em questão. O balanço dos elementos químicos irá determinar se o excesso de carbono na solidificação irá para a formação da grafita ou para a formação de carbonetos (cementita) na matriz metálica. Isso, porque alguns elementos químicos são grafitizantes, ou seja favorecem a formação da grafita. E outros elementos químicos favorecem a formação dos carbonetos com o excesso de carbono. Esses balanços podem influenciar também nos processos de solidificação e consequentemente na classificação da grafita.
Conclusão
A grafita é um microconstituinte importante nos ferros fundidos, por isso a sua classificação
O controle do processo de formação de grafita é importante para assegurar a qualidade do ferro fundido
Métodos automatizados por software de análise de imagem podem ser empregados para avaliar a classificação da grafita
Procura por mais conhecimento em Ferros Fundidos? Veja mais aqui.
Escolha de Reagentes Metalográficos, Qual o melhor?
Qual o melhor reagente para aços carbono e ferros fundidos. Nital, ou Picral? Quem trabalha em laboratórios metalográficos na inspeção de produtos ferrosos com certeza já se deparou com esta pergunta. Estes dois reagentes atendem objetivos da inspeção metalográfica diferentes. Veja a tabela abaixo
Tabela Comparativa de Reagentes Metalográficos: Picral e Nital. ASTM E407 Standard Practice for Microetching Metals and Alloys.
A metalografia foi uma técnica muito desenvolvida desde o início do século passado. Existem diversos tipos de reagentes metalográficos que revelam diferentes informações na microestrutura dos materiais. A tabela de reagentes metalográficos acima compara dois tipos de reagentes mais comuns: Picral e Nital.
Cada um destes ataques químicos tem um uso específico na metalografia, apesar de ambos poderem ser utilizados para as mesmas inspeções.
Uso do Nital
O Nital devido a facilidade de sua preparação e durabilidade do reagente é mais utilizado. Porém, deve-se estar ciente das diferenças entre os dois reagentes. De uma forma geral o Nital é mais indicado para materiais de médio à baixo carbono para revelar as microestruturas de perlita, cementita e ferrita. Lembrando que o Nital revela o contorno de grão da ferrita, que permite uma boa análise da ferrita residual em aços parcialmente temperados.
Uso do Picral
O Picral tem sua aplicação mais indicada em aços de médio para alto carbono em controle de processos de tratamento térmico. Isto porque, o Picral tem uma revelação detalhada para a Perlita, Martensita e Bainita. Como este ataque também é mais fácil diferenciar entre a Bainita e a Perlita fina. Esta também é um bom reagente para revelar carbonetos, carbonetos não dissolvidos na martensita e carboneto livre.
Desta forma, percebe-se que os dois reagentes se complementam na maioria dos casos, onde laboratórios realizam metalografias de recebimento de matérias primas e controlam processos de tratamento térmico de sua produção.
A metalografia deve ter os objetivos do ensaio determinados com seu cliente, ou com as características de controle dos seus processos. Com este objetivo bem determinado o metalógrafo pode escolher o melhor reagente indicado tecnicamente para cada tipo de análise.
Conclusão
O melhor reagente é aquele que atende os objetivos da tua inspeção metalográfica
No caso de objetivos de inspeção mistos e amplos o uso dos dois reagentes se complementam
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Os cursos e treinamentos em Metalurgia e Materiais da TestMat estão de volta no formato online. Já estão em nosso portal de ensino a distância, nas modalidades ao vivo e gravadas os tradicionais cursos em Metalurgia de:
A TestMat oferece agora os cursos e treinamentos em engenharia na modalidade online, ou em eventos ao vivo.
Cursos por EAD com Treinamento Prático
Os cursos com módulo prático presencial são: Metalografia, Réplica Metalográfica e Macrografia. Os alunos irão realizar os módulos presenciais tanto na sua empresa, ou nos laboratórios da TestMat.
Parece estranho um curso de Metalografia, ou Macrografia por EAD?
A princípio pode parecer… Mas com certeza são cursos excelentes que permitem um aprendizado teórico aprofundado. Os dias de prática posterior são muito mais proveitosos. A teoria é dada em aulas com exercício que ajudam a compreender o tema e o Professor está disponível entre as aulas através das ferramentas de ensino. Com o andamento das aulas teóricas ao longo dos dias o aluno pode preparar as suas dúvidas que deseja sanar no ensino prático, tornando assim a atividade prática mais objetiva para o aluno.
Os cursos em metalurgia ao vivo da Testmat tem diversas atividades no portal EAD, que ajudam no aprendizado de conceitos importantes da ciência dos materiais e metalurgia.
Após 20 anos de treinamentos presenciais e híbridos escolhemos por esta melhoria em nossa grade de treinamentos em processos metalúrgicos e engenharia de materiais.
Mas o que é treinamento híbrido em metalurgia?
O treinamento híbrido funde duas abordagens bem sucedidas no treinamento: eventos presenciais e instrução presencial. As proporções dessas abordagens podem variar conforme o treinamento que está sendo cursado. Por exemplo, no curso de Análise de Falhas os alunos são direcionados para completar módulos teóricos específicos on-line e ao vivo, antes de começar o módulo prático de execução da análise de falha. O curso de tratamento térmico tem somente atividades online, incluindo as atividades práticas. Assim, não há um padrão para o treinamento híbrido. Mas a ideia geral é fornecer aos alunos uma síntese tanto do aprendizado virtual quanto presencial, a fim de aproveitar os benefícios de cada um. O treinamento híbrido nem sempre é fácil de conseguir, pois requer uma quantidade significativa de infraestrutura virtual e presencial para estar disponível. Mas como quase todos fizeram investimentos recentes em treinamento virtual, a maior parte dessa infraestrutura necessária está agora amplamente disponível.
Desta forma, a TestMat procurou uma plataforma sólida e internamente trocou muitas idéias para chegar neste formato exclusivo. Os cursos mantém a qualidade consagrada após anos no mercado estando aliada à tecnologia mais avançada de aulas online.
Plataforma de EAD TestMat
EAD Testmat em Metalurgia e Materiais. Conhecimento e Prática juntos no aperfeiçoamento de seus alunos.
A plataforma de EAD da TestMat é uma das mais modernas no mercado e é utilizada por diversas Universidades. Com a plataforma é possível estar matriculado em mais de um curso na TestMat, frequentar as aulas, realizar as atividades pós aula de desenvolvimento pessoal, fazer as avaliações intermediárias para verificar os pontos de conhecimento que necessitam ainda de aprofundamento e entrar em contato com o Professor.
Entendemos que o desenvolvimento da Metalurgia no Brasil é forte e constante e assim o ensino de Metalurgia e Materiais também precisa seguir seu caminho de aprimoramento.
Veja um vídeo dos principais cursos disponíveis aqui.
Aproveite para conhecer todos nossos cursos oferecidos aqui.
Fique à vontade para entrar em contato conosco pelo WhatsApp para mais informações. Será um prazer atendê-lo!
Macrografia de Terminais Condutores – Chicotes Elétricos
Crimpagem, ou ‘crimp’, é uma característica importante na avaliação de chicotes e cabos. A análise desta característica pode ser feita por macrografia, ou metalografia. A norma de referência é:
IEC 60352-2 – Solderless connections – Part 2: Crimped connections – General requirements, test methods and practical guidance.
A avaliação destes terminais é necessária para garantir que estes não se soltem durante o uso em campo. Assim, várias características são avaliadas por metalografia/macrografia por imagem: como a conformação (compactamento), números de fios do cabo, seção do cabo e dimensões do terminal após a conformação.
Análise Macrográfica Crimpagem
Terminal de Latão e condutor de cobre. Seção transversal. Ataque: FeCl3 Aumento: 10x.
Análise Macrográfica da Crimpagem de Condutores. Seção Transversal. Ataque: FeCl3. Aumento: 10x
A Testmat presta serviços de Análise Macrográfica em vários produtos da indústria automotiva, veja mais aqui.