Identificar presença de intermetálicos na Ferrita.
Reagente NaOH 40% Eletrolítico – 1-3v
Esse reagente além de identificar a presença de intermetálicos permite a caracterização das fases dos aços inox duplex de forma assertiva e rápida, sem a necessidade de reagentes químicos controlados.
Material Inox Duplex 2205 ou UNS S32205
Liga laminada com tratamento de solubilização posterior.
O aço inoxidável duplex 2205 é uma liga que combina as características dos aços ferríticos e austeníticos, proporcionando alta resistência mecânica, excelente resistência à corrosão devido aos teores elevados de cromo, nitrogênio e molibdênio, além de facilidade de soldagem. Essas propriedades fazem dele uma escolha versátil amplamente utilizada em várias indústrias, incluindo química, papel, construção de pontes e sistemas offshore, devido à sua capacidade de resistir a ambientes severos e suportar cargas pesadas.
Técnica Metalográfica
Microestrutura: Ferrita (escuro), Austenita (claro) e semi metálicos pontos mais escuros dentro da ferrita
Esta metalografia tem como objetivo a identificação das fases intermetálicas em aços inoxidáveis duplex (vejas à que ligas que se aplica), especialmente quando sua presença compromete a tenacidade ou a resistência à corrosão. A formação dessas fases é uma preocupação significativa para os aços inoxidáveis duplex (austeníticos-ferríticos) quando sujeitos a temperaturas entre 320 a 955 °C. A velocidade dessas reações depende da composição e do histórico térmico de cada amostra, resultando em efeitos prejudiciais sobre a tenacidade e a resistência à corrosão.
Links Úteis
ASTM A923 Método de Análise para Intermetálicos em Ligas Duplex ASTM A1084 Método de Análise para Intermetálicos em Ligas (Lean) Duplex
uso da análise metalográfica na avaliação de fornecedores
Inspetores utilizam a análise metalográfica nas inspeções de recebimento e qualificação de fornecedores. Esta metalografia é feita com especificações claras e objetivas previamente acordadas com o fornecedor. A inspeção metalográfica de uma amostra pode aprovar ou reprovar lotes fornecidos. Assim, a análise metalográfica serve para determinar a qualidade do lote fornecido.
Apesar da emissão dos Certificados de Qualidade pelo Fornecedor, é prática comum de alguns recebimentos de empresas fabricantes de produtos de alto valor agregado a verificação das propriedades físicas e químicas indicadas. Assim, alguns lotes são liberados somente após o envio do material para metalografia e com resultados aprovados.
Qual a importância de se realizar estudos metalográficos?
Análises metalográficas típicas servem para no recebimento determinar diferentes aspectos de qualidade do material. Por exemplo, medições de camadas tratadas, porcentagem de ferrita em martensita, metalografia da porcentagem de austenita retida, análise por metalografia de descarbonetação em forjados, tamanho de grão austenítico, sensitização de ligas de aço inox, entre outros.
Análise Metalográfica realizada pelo Comprador
No ensaio de metalografia as amostras precisam passar por uma sequencia de preparação. Estas etapas são seguidas pelos inspetores qualificados para este ensaio no laboratório de metalografia. As etapas da metalografia são, na maioria das vezes:
Definição do problema que está sendo analisado, ou inspeção rotineira
Amostragem do lote que está sendo ensaiado, e tamanho da amostra para ensaio
Lixamento de Desbaste no ponto de análise
Embutimento em baquelite ou resina à frio
Lixamento Acabamento
Polimento (Desbaste e Acabamento)
Limpeza em banho de ultrassom (pode ser feito entre as etapas anteriores também)
Ataque químico com reagente metalográfico (Dependendo do item o ataque pode não ser necessário)
Observação no microscópio e análise com técnicas de metalografia quantitativa, entre outras
Emissão de Relatório Aprovado / Reprovado
A rotina do ensaio metalográfico pode ser morosa e sobrecarregar os inspetores de recebimento, como apresentado neste resumo de metalografia. Trata-se de uma inspeção que necessita de treinamento para execução das etapas de preparação e conhecimento técnico aprofundado em metalografia para aprovar ou reprovar determinado material.
As normas internacionais deixam os parâmetros de inspeção menos subjetivos, mas mesmo assim ainda é necessário o conhecimento aprofundado em materiais e muita experiência do metalógrafo em análise micrográfica para laudar corretamente uma análise.
Exemplos de Normas Internacionais de Ensaio Metalográfico com Aplicação no Recebimento de Matérias Primas Metálicas
Estes ensaios são normalizados pelas normas internacionais e necessitam de treinamentos específicos:
Exemplos de Análise Metalográfica Aço: Recebimento
– ISO 898 Mechanical properties of fasteners made of carbon steel and alloy steel — Part 1: Bolts, screws and studs with specified property classes — Coarse thread and fine pitch thread;
– ASTM A262 Standard Practices for Detecting Susceptibility to Intergranular Attack in Austenitic Stainless Steels;
– ASTM E112 Standard Test Methods for Determining Average Grain Size;
– ASTM E45 Standard Test Methods for Determining the Inclusion Content of Steel; – ISO 3887 Steels — Determination of the depth of decarburization
– ISO 2639 Steels — Determination and verification of the depth of carburized and hardened cases
Exemplos de Análise Metalográfica Ferro Fundido: Recebimento
– ISO 945, Part 1/4: Graphite classification by visual analysis – ISO 185: Grey cast irons — Classification – ISO 17804: Founding — Ausferritic spheroidal graphite cast irons — Classification
A melhor opção para empresa pode ser a preparação de uma equipe interna com o conhecimento e disponibilidade para a realização destas inspeções metalográficas no recebimento. E também, é interessante desenvolver um laboratório externo de ensaios, para realizar os ensaios nos casos de sobrecarga interna, ou outros imprevistos com a equipe.
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