Os aços inox são suscetíveis à perda de sua resistência à corrosão através da sensitização. Os mais suscetíveis são os aços não estabilizados como por exemplo o AISI 304.
Os aços inox austeníticos são suscetíveis à perda de sua resistência à corrosão através da sensitização. Os mais suscetíveis são os aços não estabilizados como por exemplo o AISI 304.
Estes aços tem um tratamento térmico de solubilização que remove esta sensitização, e todos aços deste tipo são fornecidos normalmente já no estado solubilizado. A solubilização dissolve os carbonetos de cromo que precipitam no contorno de grão austenítico, diminuindo muito a resistência à corrosão do material e também prejudicam as propriedades mecânicas do aço.
Nas análises de falha de aços inox austeníticos, normalmente se verifica o grau de sensitização do material, que pode muitas vezes, explicar algumas falhas em campo.
A suscetibilidade pode ser verificada através da análise metalográfica da amostra, normalizada na Prática A ASTM A262.
A metalografia seguinte apresenta uma aço inox AISI 304 sensitizado, analisado por metalografia, conforme a prática A ASTM A262.
A prática A revela todos os carbonetos precipitados, e quando presentes em todo o contorno dos grãos, como acima, o material se encontra reprovado. Para se ter uma idéia a imagem seguinte é referente á um inox 316L inspecionado por réplica metalográfica onde foi aplicada a pratica A, ASTM A262. Note que não existe nenhum grão contornado por carbonetos como na imagem anterior.
O ataque metalográfico comum pode não revelar a sensitização. Às vezes, os precipitados no contorno de grão são muito finos e não visíveis por microscopia ótica, como pode ser visto na metalografia abaixo. Nela vemos alguns grãos completamente contornados por carbonetos e outros onde fica a dúvida se o que vemos é um contorno de grão, ou um precipitado de carboneto de cromo.
Aço inox austenítico sensitizado com corrosão em campo. Presença de carbonetos de cromo em contorno de grão. Ataque: Kaling. Aumento 200x.